19 Vieses Cognitivos que Atrapalham o Investidor e Como se Prevenir Deles (Guia Completo!)

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Vieses Cognitivos
Aprenda como reconhecer, distinguir e se proteger dos vieses cognitivos.

Você está pensando em investir em ações, pois se acha mais inteligente que a maioria.

Você crê que seus julgamentos estão corretos porque foi bem sucedido em suas análises passadas.

Você acredita que suas previsões darão certo porque fez um estudo profundo e detalhado.

Então você compra aquela ação desvalorizada porque ela simplesmente não poderia cair mais, e se caísse rapidamente o mercado iria perceber e ela iria subir.

Mas ela cai.

“É só uma queda momentânea. Vai voltar a subir!” – você diz.

Ela continuando caindo. Pior, despencando.

“Como isso aconteceu?” – você se pergunta sem saber da resposta.

Desacreditado, você fica inerte, paralisado. Não dá para vender e sair no prejuízo dessa forma.

“Agora que não vou vender mesmo!”

O tempo passa e o preço de suas ações caem a valores nunca antes visto. Mas você não consegue vender.

É difícil deixar uma posição que você escolheu, ainda mais quando está convicto de suas decisões.

Mas tudo tem um limite. Principalmente quando dói no bolso…

A dor em ver o prejuízo crescer cada vez mais o obriga a vender aquela ação. Você perde tudo que ganhou e ainda sai com um baita prejuízo do mercado de ações.

Você não consegue aceitar que cometeu algum erro.

“Que droga! A bolsa é um cassino! Culpa dos tubarões e manipuladores do mercado!”

Revoltado, se afasta do mercado, culpando tudo a todos pelo seu fracasso.

Se você se identificou em algum momento com essa história então tenho duas notícias para te dar, uma boa e uma ruim.

Vou começar pela ruim: você está cometendo erros cognitivos ao tomar atalhos em suas decisões.

A maioria dos investidores não apenas apoiam suas decisões no preço, na alta e na euforia do mercado. Eles também são guiados pelos vieses cognitivos.

Agora vamos a notícia boa: você pode aprender a detectar esses vieses e, com uma boa dose de treinamento, pode tentar evitá-los.

Neste artigo vou apresentar uma lista com 19 vieses cognitivos. Existem vários estudos e diversos outros vieses, mas eu acredito que essa lista traz os mais proeminentes e que mais podem afetar suas decisões de investimento.

O que você vai aprender neste artigo:

  • Porque odiamos perder muito mais do que ganhar
  • Porque nossos preconceitos, informações passadas e o medo de estar errado atrapalham nossas decisões
  • Como podemos identificar, analisar e evitar erros de julgamento

Vieses Cognitivos: Afinal, o que são?

Quando estamos fazendo julgamentos e decisões sobre o mundo ao nosso redor, gostamos de pensar que somos objetivos, lógicos e capazes de captar e avaliar toda a informação que está disponível para nós.

A realidade é, no entanto, que nossos julgamentos e decisões são muitas vezes crivados com erros e influenciados por uma grande variedade de vieses.

Mas, afinal, o que são vieses?

Viés é originado da palavra Biais, que é de origem francesa, e em inglês se escreve bias, sem o último “i“.

Viés é utilizado para expressar o sentido de parcialidade, onde uma análise é feita de maneira tendenciosa, baseadas não em evidências, mas na percepção pura e simples que a pessoa tem de uma situação.

O cérebro humano é notável e poderoso, mas certamente sujeito a limitações. Vieses cognitivos são apenas um tipo de limitação fundamental no pensamento humano. Eles podem estar associados a:

  • Atalhos no processamento de informação (heurística)
  • Falta de clareza mental
  • Capacidade limitada da mente ao processar informações
  • Influência social

Eu já expliquei em outro artigo sobre o que são heurísticas, como elas estão associadas aos vieses cognitivos e porque você deveria estudar esse assunto para tomar melhores decisões.

Antes de mais nada, é importante distinguirmos entre os vieses cognitivos e falácias lógicas.

Uma falácia é uma falha de raciocínio. Já o viés cognitivo é uma deficiência genuína ou limitação do nosso pensamento – como um erro de julgamento causado por uma falha de memória, atribuição social ou erro de cálculo (como erro estatístico ou um falso senso de probabilidade).

Dito isto, vamos a lista!

#1 – Viés da Confirmação

Confirmation Bias

Viés da Confirmação: Tendência de procurar, interpretar, focar e lembrar a informação de uma forma que confirma nossos preconceitos.

Viés da Confirmação Vieses Cognitivos

O viés da confirmação é um ato inconsciente de buscar referências apenas naquelas perspectivas que alimentam nossa visão pré-existente, enquanto ao mesmo tempo, ignoramos ou desconsideramos opiniões (mesmo que válidas) que ameaçam nosso ponto de vista.

Nós adoramos concordar com pessoas, textos e pensamentos que concordam conosco. E paradoxalmente, a internet piora esta tendência. Por isso nós só acessamos sites que expressam nossa opinião política e andamos com pessoas que têm gostos parecidos com os nossos.

Tendemos a nos distanciar de pessoas, grupos e noticiários que nos deixam desconfortáveis ou inseguros sobre nosso modo de ver as coisas – o que o psicólogo comportamental B.F. Skinner chama de dissonância cognitiva.

  • Dissonância Cognitiva: estado psicológico relativamente desagradável que sentimos quando tomamos consciência da discrepância entre nossas atitudes e os nossos comportamentos

Ou seja, nós não gostamos de que discordem de nossas opiniões e de sermos contrariados. Somos uma máquina de procurar sempre algo ou alguém que confirme nossos pensamentos e atitudes.

Muitas vezes estamos errados e mesmo assim não gostamos de admitir.

Porque este viés é perigoso para o investidor?

De forma inconsciente, os investidores estão o tempo inteiro sofrendo deste viés cognitivo.

Nosso cérebro busca confirmar nossas avaliações, comparações e suposições porque é disso que ele gosta.

Quando estamos avaliando algo e já temos um pensamento em curso, é natural procurarmos coisas que confirmem nossas hipóteses.

Isso é perigoso porque pode guiar o investidor a tomar decisões julgadas de forma errada.

Por exemplo, um investidor pode acreditar que um certa empresa é um bom investimento apenas por procurar informações que confirmam com seu ponto de vista (ficando fechado a opinões ou fatos contrários).

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Avalie seu modo de pensar e tente detectar padrões que levem a seguir por caminhos fáceis (que tendem a confirmar suas hipóteses)
  • Tente procurar diferentes pontos de vista sobre uma determinada avaliação ou análise
  • Não embase suas decisões em achismos, especulação e eventos de curto prazo
  • Busque sempre os fatos, fundamentos e o longo prazo
  • Não tenha medo de estar errado (pois uma hora ou hora, nós sempre erraremos).

#2 – Excesso de Confiança

Overconfidence Effect

Excesso de Confiança: Tendência em superestimar nossas habilidades, capacidades, desempenho, nível de controle ou chance de sucesso.

Excesso de Confiança Vieses Cognitivos

A maioria das pessoas são muito confiantes suas habilidades, e isso os levam a assumir maiores riscos em suas vidas.

A pesquisa clássica é a pergunta aos motoristas se eles estão acima ou abaixo da média dos outros motoristas quanto a sua habilidade no volante. Um percentual elevado responde que suas habilidades são superiores a da média, o que revela este excesso de confiança.

Excesso de confiança é superestimar ou exagerar a capacidade de executar com êxito uma tarefa específica. E isso piora para quem é considerado um especialista em determinado assunto.

Isso porque os especialistas são mais propensos a esse preconceito do que os leigos, já que estão mais convencidos de que estão certos.

Em um estudo de 2006 intitulado “Behaving Badly”, o pesquisador James Montier descobriu que 74% dos 300 gestores de fundos profissionais pesquisados ​​acreditavam que haviam alcançado um desempenho acima da média.

Dos 26% restantes pesquisados, a maioria se considerava média. Incrivelmente, quase 100% do grupo de pesquisa acreditava que seu desempenho no trabalho era médio ou melhor.

Claramente, apenas 50% da amostra pode estar acima da média, sugerindo o nível irracionalmente alto de excesso de confiança exibido por esses gestores de fundos.

Em um estudo de 1998 intitulado “Volume, Volatility, Price, and Profit When All Traders Are Above Average”, o pesquisador Terrence Odean descobriu que os traders excessivamente confiantes geralmente fazem mais operações do que os traders menos confiantes.

Odean descobriu que os traders excessivamente confiantes tendem a acreditar que eles são melhores do que outros na escolha das melhores ações e melhores momentos para entrar/sair de uma posição.

Infelizmente, a Odean também descobriu que os traders que realizavam a maior parte das negociações tendiam, em média, a receber rendimentos significativamente menores do que o mercado.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Em termos de investimento, o excesso de confiança pode ser prejudicial para a sua capacidade de escolha de ações no longo prazo.

O excesso de confiança leva-o a subestimar os riscos associados às modalidades de investimento, à superestimar o potencial de alta e o preço de aquisição.

Além disso, o perigo do excesso de confiança não mora apenas no fato de operar de forma mais frequente, mas também não fazer a diversificação eficiente da carteira de investimentos..

Quem sofre de excesso de confiança pode abrir grandes posições ou usar estratégias muito arriscadas acreditando possuírem algum controle da situação.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Tenha Confiança e não Excesso de Confiança: Confiança implica realisticamente confiar em suas habilidades, enquanto excesso de confiança geralmente implica uma avaliação excessivamente otimista de um conhecimento ou controle sobre uma situação.
  • Reconheça suas limitações, não queria ser o sabichão das coisas
  • Tenha humildade em assumir seus erros
  • Não especule com o mercado
  • Busque realizar análises de tomar de decisões de forma racional (não porque você se acha o melhor)

#3 – Viés da Ancoragem

Anchoring Bias

Viés da Ancoragem: Tendência a confiar demais, ou “ancorar-se”, em uma referência do passado ou em uma parte da informação na hora de tomar decisões.

Viés da Ancoragem Vieses Cognitivos

Esse viés tenta explicar porque pessoas são excessivamente dependentes da primeira informação que veem ou que ouvem.

Em uma negociação salarial quem faz a primeira oferta estabelece uma gama de possibilidades razoáveis na mente de cada pessoa.

É uma tendência que temos de comparar e contrastar apenas uma quantidade de valores, mesmo que tenhamos outras informações a nosso dispor.

É mais ou menos assim: você escolhe um valor ou número (mesmo sem saber porque) e passa a usá-lo como padrão para comparar tudo o mais que surgir.

Isso significa que a primeira impressão sobre um fato é muito poderosa em nossa mente. Todas as comparações posteriores a essa impressão serão “ancoradas” a partir dela.

Por exemplo, em alguns restaurantes o valor da entrada é muito alto, e depois eles os pratos principais são mais baratos. Porque fazem isso? Simples, para você ter a impressão que só a entrada é cara e para você ter como base de comparação o primeiro preço.

Você pode achar que isso possa espantar o cliente, mas não. Na realidade a maioria das pessoas tem vergonha de sair do restaurante após entrarem e mais ainda se forem muito bem atendidas.

Porque é perigoso para o investidor?

Porque o investidor pode ficar aficionado com as cotações históricas do ativo.

Digamos que uma ação ou fundo imobiliário esteja vendida a R$ 35,00, um valor abaixo dos preços dos meses anteriores (que oscilaram, digamos, entre R$ 45 e 50 reais)

O investidor pode associar esse preço baixo a uma oportunidade, apenas porque o valor está mais baixo que o histórico ou mesmo porque existe um fundo formado ao redor deste preço no passado (ou por estar em uma região de suporte).

Então esse investidor simplesmente acredita que a ação não vai mais cair abaixo de R$ 35,00 só porque sua ideia está “ancorada” no preço histórico.

Para investidores de longo prazo, que baseiam suas análises me fundamentos e em valor, isso é um grande erro!

Comprar porque caiu pode ser altamente perigoso por vários motivos:

  1. Não está associando a análise dos fundamentos
  2. Está focando em preço e oscilações no curto prazo
  3. Não existe isso de ações que “caíram demais” (acredite: elas podem cair muito mais e ir para R$ 20, R$ 15, R$ 8, etc.)
Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Não associe suas análises a preços ou cotações históricas
  • Não invista em ações só porque os preços no passado formaram figuras, como vale, ou zona de suporte, linhas de tendência, seja lá o que for
  • O motivo real de seu investimento precisa ser focado em fundamentos
  • Se você já fez as devidas análises e acredita que o preço está abaixo do valor do negócio, compre!
  • Busque seguir sua alocação de ativos e balancear sua carteira de investimentos seguindo os percentuais determinados, investindo mais no que ficou para trás

#4 – Viés do Retrospecto

Hindsight Bias

Viés do Retrospecto: Tendência de ver os eventos do passado como sendo previsíveis, sendo que na maioria das vezes eles não são.

Viés do Retrospecto Vieses Cognitivos

As vezes chamado de “eu-sabia-de-tudo”, o viés do retrospecto envolve a tendência que as pessoas têm de assumir que sabiam o resultado de um evento depois que o resultado já foi determinado.

O viés do retrospecto pode causar distorção de memória, onde a recolhimento e reconstrução de conteúdo pode levar a falsos resultados teóricos.

Esse efeito pode causar problemas metodológicos extremos quando o indivíduo tenta analisar, compreender e interpretar resultados em estudos experimentais.

Um exemplo básico do viés do retrospecto é quando, depois de ver o resultado de um evento potencialmente imprevisível, uma pessoa acredita que ele ou ela “soube o tempo todo” (sendo que na verdade ele não sabia de nada!).

Depois de assistir a um jogo de futebol, você pode insistir que você sabia que o time vencedor estava indo para vencer de antemão. Você acreditava nisso apenas porque queria estar certo.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Ao assumir que você já sabia as informações, você pode deixar de estudar adequadamente os fatos e dados.

Particularmente nos investimentos, é a tendência de achar que sabia que uma ação ou fundo imobiliária iria subir porque você havia previsto isso devido a fatores a, b ou c.

Isso pode ser altamente prejudicial pelo fato de que esse movimento pode ter sido causado por outras variáveis que não necessariamente você achava que havia previsto.

Se por acaso sua “previsão” vai na contramão do que espera, você pode ficar ancorado e suas ideais e não conseguir enxergar a realidade e fundamentos.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Você e Ninguém tem o poder de prever NADA
  • Baseie seus estudos em fatos e fundamentos.
  • Busque encarar um problema ou desafio de variadas perspectivas
  • Desenvolva bons hábitos de análise para superar a tendência de supor que você “sabia-o-tempo-todo”
  • Pare de tentar acertar a “próxima” tacada, de prever ou explicar o movimento do mercado

#5 – Viés da Informação

Information Bias

Viés da Informação: Tendência para buscar informações mesmo quando não pode afetar a ação.

Excesso de Informação Vieses Cognitivos

Em nosso mundo atual buscamos informação a todo momento. Internet, TV, jornais, livros, gurus, somos bombardeados o tempo inteiro.

Além da facilidade de acesso a essas notícias, a velocidade com que ela se propaga e se atualiza é impressionante.

Devido a isso é normal buscarmos informações em excesso para balizar nossas decisões em todos os aspectos (acreditando que quanto mais informação, mais qualidade e confiança teremos em nossas decisões).

O problema disto é que muitas vezes essas informações são inúteis e não vão trazer melhores resultados.

Pelo contrário, elas tendem a atrapalhar não só por conta do tempo perdido (que poderia ser aproveitado para ganhar e poupar mais dinheiro), mas pelo fato de que você pode estar agregando informações que não tem fundamento.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Quando vamos tomar decisões em investimentos temos que ter cuidado para não ficar buscando informação demais.

Na maioria das vezes as informações que encontramos são sem sentido e não acrescentam mais valor (tais como notícias, boatos, dicas ou fóruns de discussões).

Além de confundir, informações demais podem levar a tomar decisões ruins que vão desde ignorar os fundamentos do ativo até seguir dicas de fóruns ou redes sociais.

Quando chega neste nível, o mais perigoso é que isso dá certo e leva o investidor a arriscar mais capital. \

Não tem outra, ele vai perder cedo ou tarde por ficar seguindo notícias ou agregar informações sem valor (em uma falsa sensação de controle e segurança).

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Busque ignorar informações da mídia e redes sociais
  • Não baseie suas decisões em informações que não agregam valor
  • Cuidado ao seguir dicas
  • Mais informação nem sempre é melhor. Lembre-se: menos é mais
  • Apoie suas decisões em informações que tenham valor (demonstrativos financeiros, relatórios de administracao e informações sobre os negócios de uma empresa, por exemplo).

#6 – Falácia do Apostador

Gambler’s Fallacy

Falácia do Apostador: Tendência em dar enorme peso em eventos passados, acreditando que eles afetarão eventos futuros.

Falácia do Apostador Vieses Cognitivos

A Falácia do Apostador (ou Jogador) ocorre quando as pessoas acreditam que podem prever eventos aleatórios e que podem controlar a sorte.

O exemplo clássico é o cara e coroa. Depois de tirar cara, digamos, umas 5 vezes seguidas, começamos a achar que as chances de virar cara, são maiores, quando na verdade a chance de tirar cara ou coroa, ainda é de 50%.

É a sensação que nossa sorte mudou e agora tudo será melhor. Isto contribui para o conceito errôneo de “mão boa”.

É a mesma sensação que temos quando começamos um novo relacionamento, de que tudo será melhor que antes.

Outras falsas predições em torno da sorte incluem suposições de está tendo tanto uma maré de sorte quanto uma maré de azar.

Geralmente todos nós precisamos explicar nossas experiências (como na teoria da atribuição) e os apostadores não são diferentes. Eles, portanto, formam teorias sobre por que estão ganhando ou perdendo com base na sorte e sua própria habilidade.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

O investidor, após ter sucesso em alguns de seus investimentos, pode acreditar que tem sorte ou tem uma mão boa para investir em ações.

Isso o leva a tomar caminhos especulativos, de buscar a riqueza fácil e rápida. Não precisa dizer que este caminho leva a prejuízos e insucesso.

Um elemento crítico da falácia é que as vitórias e as perdas se equilibrarão no curto prazo, e não no longo prazo, de modo que várias perdas significam que as vitórias são mais prováveis.

A verdade é quando o driver é uma chance aleatória, a probabilidade de ganhar ou perder é sempre a mesma cada vez.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Tente pensar como eventos de probabilidade
  • Evite depender da sorte ou esperança
  • Busque diversificar sua carteira
  • Faça compras pequenas e regulares
  • Não especule ou tente controlar o Mercado

#7 – Efeito Manada

Badwagon Effect or Herd Mentality

Efeito Manada: Tendência das pessoas fazerem algo porque outras pessoas estão fazendo, independentemente de suas próprias crenças, que podem ignorar ou substituir.

Efeito Manada Vieses Cognitivos

Apesar de normalmente não estarmos conscientes disso, nós amamos ir na onda da galera.

Quando a massa escolhe um vencedor ou um favorito, é quando nosso cérebro individualizado começa a desligar e entra uma espécie de “pensamento de grupo”.

Mas não precisa ser um grupo muito grande ou uma nação inteira; podem ser pequenos grupos, como a família ou até mesmo um grupo de trabalhadores de um escritório.

O efeito manada é o que normalmente causa comportamentos, normas sociais e memes que se propagam entre os grupos de indivíduos _ independentemente de evidências ou motivos.

É por isso que muitas pesquisas de opinião são frequentemente maliciosas, por elas poderem guiar as perspectivas dos indivíduos como elas quiserem.

Muito deste viés tem a ver com nosso desejo de nos adaptarmos e nos conformarmos. Além disso, esse viés está associado a aversão a perda (ver adiante).

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Confira quatro motivos porque os investidores seguem a manada sem perceberem:

  1. Pressão Social da Conformidade: a maioria das pessoas é muito sociável e tem um desejo natural de ser aceito por um grupo, ao invés de ser marcado como um pária. Portanto, seguir o grupo é uma maneira ideal de se tornar um membro.
  2. O Grupo Não Pode Estar Errado: Mesmo que você esteja convencido de que uma determinada idéia ou curso ou ação é irracional ou incorreta, você ainda pode seguir o rebanho, acreditando que eles sabem algo que você não.
  3. Ganância: A sensação de que pode perder a grande subida do mercado afeta profundamente os investidores. Eles não vão querer ficar de fora e para isso se expõem a riscos elevados, sem se importar com os fundamentos intrínsecos. Isso leva os investidores a comprarem em mercados de alta.
  4. Pânico: Quando ocorre a quebra geral do mercado, o efeito manada novamente estará lá. O preço dos ativos despencam a níveis irracionais movidos pelo pânico e desespero. Agora o investidor vende no mercado em baixa, pois não suporta a dor da perda.

Como podemos ver, seguir a manada nos investimentos é altamente perigoso.

É por isso que muitos investidores iniciantes perdem bastante dinheiro e deixam o mercado revoltados, no prejuízo e desesperançosos.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Pense de forma independente: aprenda a realizar suas próprias análises e tomar suas próprias decisões
  • Não tente ir contra a manada – simplesmente se afaste dela!
  • A manada pode estar certa na maioria das vezes – mas também estará errada grande parte
  • Entenda: o que move o preço dos ativos no curto prazo é fluxo, notícias, especulação. No longo prazo os fundamentos e qualidade dos ativos é que importam
  • Desenvolva uma mentalidade adequada através da leitura, estudos e aprendizagem – investir é uma jornada de longo prazo.

#8 – Ilusão de Controle

Illusion of Control

Ilusão de Controle: Tendência da raça humana, tanto indivíduos como grupos, em acreditar que têm o poder de influência para fazer mudanças em eventos fora do seu controle.

Ilusão de Controle Vieses Cognitivos

A ilusão de controle está no cerne das crenças supersticiosas e pseudocientíficas.

É quando acreditamos que temos domínio sobre um evento ou situação que estão realmente ocorrendo independentemente do nosso comportamento.

Esta é uma ilusão muito comum que ocorre na maioria das pessoas, particularmente quando os eventos desejados ocorrem freqüentemente, embora incontrolavelmente.

Existem diversos exemplos não só na vida real, mas também em experimentos psicológicos. Podem ser produzidos em participantes experimentais, como por exemplo:

  • Luzes e tons que se ativam ou desativam independentemente das tentativas do participante de controlá-los
  • Remissões espontâneas de dor em pacientes fictícios em um jogo de computador
  • Preços fictícios de ações  que podem subir ou descer.

Em todos esses casos, as pessoas tendem a pensar que têm controle sobre os eventos, mesmo quando esses eventos foram programados para ocorrer seguindo uma seqüência predeterminada.

Na vida real, isso geralmente leva à tomada de decisões baseadas em coincidências e ilusões cognitivas, em vez de contrastar o conhecimento.

Ela afeta diversas áreas como saúde, finanças ou educação. Essa ilusão repousa no cerne das práticas pseudocientíficas e do pensamento supersticioso.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque o investidor pode acreditar que tem o controle da situação, que tem controle do mercado e com isso se expor a riscos desmedidos.

O investidor pode utilizar estratégias arriscadas, não diversificarem, ou mesmo ficarem relutantes em se desfazer de investimentos ruins simplesmente por acreditarem que podem manipular o mercado.

Você não pode saber mais do que todos os outros e amanhã (ou no próximo ano) algo que você poderia ou não poderia saber hoje pode afetar suas ações de qualquer maneira. Então, o que é importante que você pode realmente influenciar?

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Detecte relações causais em suas análises
  • Aceite que ninguém tem controle sobre as oscilações do mercado e que não há como prever movimentos de curto prazo
  • Foque no longo prazo e esqueça o curto prazo
  • Foque nos fundamentos dos seus ativos
  • Para citar o livro, The Art of Thinking Clearly, “concentrar-se nas poucas coisas de importância que você pode realmente influenciar.”
  • Invista! A experiência expõe você a todos os tipos de situações e lhe dá a chance de sentir seu estado emocional e entender como você reage a isso e aprender com ele.

#9 – Efeito de Enquadramento

Framming Effect

Efeito de Enquadramento: Tendência das pessoas de fazerem uma escolha de diferentes maneiras dependendo de como ela é apresentada.

Efeito Enquadramento Vieses Cognitivos

A maneira como a escolha é apresentada (seu enquadramento) influencia a nossa tomada de decisão.

Por exemplo, as decisões de pacientes são muito diferentes quando o médico diz “você tem uma chance de 90% de sobrevivência” versus “você tem uma chance de 10% de mortalidade”.

Mais pacientes optam para a cirurgia quando são enquadrados em termos de sobrevivência, enquanto mais optaram para fora quando apresentado com a opção de mortalidade.

As chances são as mesmas, mas apenas apresentado usando um ponto de vista diferente.

Do mesmo modo, é possível que a pessoa seja influenciada no sentido de buscar o risco, se a escolha for apresentada em termos de perdas.

Por exemplo:

  1. Você tem 20% de chance de perder R$ 1000 e 80% de chance de ganhar R$ 2000
  2. Você tem 80% de chance de ganhar R$ 1000 e 20% de cha
Porque este viés pode prejudicar o investidor?

É possível que uma pessoa seja induzida a escolher uma opção menos vantajosa financeiramente, a fim de fugir do risco, se as alternativas forem enquadradas em termos de ganhos.

Enquadramento ocorre com frequência nos mercados financeiros, porque é o playground final para ganhos e perdas.

Constantemente vemos comparações de dados de mercado e econômicos hoje versus aqueles nos anos de pico ou aqueles nos anos de depressão.

Haverá sempre um ponto no tempo que você pode usar para enquadrar dados para torná-lo olhar positivo ou negativo.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Pergunte a si mesmo quão razoável foi sua comparação e quão tendenciosa foi sua conclusão, simplesmente analisando como os dados foram apresentados
  • Tente perceber o enquadramento que envolve o objeto de nossa decisão e as opções oferecidas
  • Visualize as mesmas informações por outros ângulos

#10 – Falácia dos Custos Irrecuperáveis

Sunk Costs Falacy

Falácia dos Custos Irrecuperáveis: Tendência das pessoas seguirem irracionalmente um pensamento ou atividade que não cumpre com suas expectativas por causa do tempo e /ou dinheiro que foi gastou com ele.

Falácia dos Custos Irrecuperáveis Vieses Cognitivos

Também chamado de falácia dos custos afundados ou falácia dos custos incorridos.

A falácia dos custos irrecuperáveis é a observação de que as pessoas podem se comportar de maneira irracional por serem influenciadas por custos irrecuperáveis (custos que já incorreram e que não têm como recuperar, e que devem ser irrelevantes para a tomada de decisões racionais) para minimizar a sensação de perda.

Digamos que você tenha comprado ingressos para um concerto ou jogo de futebol. No dia do evento, você pega um resfriado e fique doente, de cama. Mesmo doente você decide ir para o evento porque caso contrário “você teria desperdiçado seu dinheiro”.

Pronto, você acaba de entender a falácia dos custos irrecuperáveis.

Podemos estender esse exemplo para diversos outros.

“Eu vou comer tudo isso porque paguei!”

“Esse filme é uma bosta, mas eu não vou sair cinema! Vou ver até o fim porque paguei!”

“Não vou vender esse sofá por esse preço, ele foi muito caro!”

Se você pensar por um momento, você provavelmente pode pensar em todos os tipos de situações em que você toma decisões irracionais por causa da falácia de custos irrecuperáveis.

Nós somos vítimas dessa falácia porque deixamos as emoções a frente dos investimentos em dinheiro, tempo ou qualquer outro recurso que cometemos no passado.

Se você juntar essa falácia com Aversão a Perda (veja adiante), você vai perceber como é fácil cairmos em armadilhas (e como pode ser difícil sairmos delas!).

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque o investidor pode ficar aficionado com um determinado investimento e, por ter havido um custo associado a ele, prefere não se desfazer de seus ativos mesmo que eles tenham perdido valor.

A ideia de perder algo é perturbadora. Ninguém gosta de sair perdendo em nenhuma transação, principalmente financeira.

Mas, ao investir em ativos para o longo prazo, com o objetivo de acumular patrimônio e riqueza, é essencial o investidor saber detectar quando ocorre perda de valor. De acordo com seus critérios, o investidor deve ser capaz de se desfazer de ativos que perderam valor, mesmo que isso leve a reconhecer perdas.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Reconheça a falácia lógica por trás (você está deixando suas emoções na frente da razão)
  • Escreva uma lista de prós e contras sobre suas decisões
  • Se o único pro fez você se sentir melhor sobre a escolha de investimento, claramente você deve ir na outra direção
  • Não aja de forma estúpida, avalie de forma racional quanto vai perder ou ganhar com suas decisões

#11 – Efeito Posse

Endowment Effect

Efeito Posse: Tendência na qual as pessoas muitas vezes exigem muito mais para desistir de um objeto do que eles estariam dispostos a pagar para adquiri-lo.

Efeito Posse Vieses Cognitivos

Também chamado de efeito dotação, esse viés explica porque as pessoas se apegam a objetos, lugares e pessoas.

As vezes a pessoa não precisa daquilo que comprou ou adquiriu, mas tem dificuldade em se livrar das coisas.

Outro efeito observado na economia comportamental, que é semelhante, mas distinto, da falácia de custos irrecuperáveis ​​é o efeito posse. O efeito posse é o efeito pelo qual o valor que uma pessoa atribui a um objeto aumenta depois que um direito de propriedade para o objeto foi estabelecido.

A principal diferença entre o efeito posse e a falácia de custos irrecuperáveis ​​é que, no segundo, o preço inicial pago desempenha um papel desproporcionado na determinação do valor que a pessoa atribui ao objeto.

Sob a visão da falácia do custo irrecuperáveis, algo que foi obtido com um desconto significativo, ou como um presente, pode ser avaliado como muito menos do que o mesmo item para o qual um preço elevado foi pago. O efeito posse não faz essa previsão.

Sob a falácia de custos irrecuperáveis, as pessoas estão menos dispostas a comprar outra cópia de um item que perderam. Isso não pode ser explicado pelo efeito posse, que pode de fato predizer que as pessoas que perderam um item têm maior probabilidade de comprar outra cópia do que as pessoas que ainda não compraram, porque uma associação com o objeto cria um direito de propriedade.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque o investidor pode criar laços afetivos com seus ativos de forma a prejudicá-lo em tomadas de decisão.

Ao invés de escolher a razão em suas decisões, o investidor deixa as emoções na frente. E isso, mais uma vez, é péssimo para ter sucesso no longo prazo.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Não crie um laço afetivo com seus investimentos
  • Se não precisa deles, se perderam valor de acordo com seus critérios, venda seus ativos
  • Reavalie suas suposições de tempos em tempos
  • Reconheça que você pode estar errado e que sempre há tempo para reconhecer isso

#12 – Aversão a Perda

Loss Aversion

Aversão a Perda: Tendência humana a preferir fortemente evitar uma perda para receber um ganho.

Aversão a Perda Vieses Cognitivos

A economia comportamental reconhece que os custos irrecuperáveis muitas vezes afetam as decisões econômicas devido à aversão à perda: o preço pago se torna uma referência para o valor, enquanto o preço pago deve ser irrelevante.

Isso é considerado comportamento irracional (como a racionalidade é definida pela economia clássica).

Experiências econômicas mostraram que a falácia de custos irrecuperáveis e a aversão à perda são comuns; Daí a racionalidade econômica – como assumido por grande parte da economia – é limitada.

Isto tem implicações enormes para finanças, economia e mercados de valores mobiliários em particular. Daniel Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia em parte pelo seu extenso trabalho nesta área com seu colaborador, Amos Tversky.

Se a nossa carteira, que ficou plana durante um ano, de repente aumenta de R$ 100.000 para R$ 120.000 em um dia, e uma semana depois declina de volta para R$ 110.000, nós sentimos pior do que não tinha subido em todos devido à nitidez do declínio, mas de fato estamos melhor.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

A aversão à perda é um viés que simplesmente não pode ser tolerado na tomada de decisão financeira.

Ele instiga exatamente o oposto do que os investidores querem: aumento do risco, com menores retornos.

Manifestações incluem investidores que se agarram à perda de investimentos por muito tempo e investidores que vendem vencedores muito cedo, com medo de que seu lucro se evapore, a menos que eles vendam.

Pode também ser a razão para manter uma carteira desequilibrada. Por exemplo, se várias posições de investimento caírem em valor e o investidor não estiver disposto a vender devido à aversão a perdas, pode ocorrer um desequilíbrio.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Utilize a estratégia de alocação de ativos e siga o plano
  • Reavalie seus ativos de tempos em tempos para saber se ainda possuem valor
  • Prejuízos são normais. Aprenda a assumir seus erros e seguir em frente.
  • Esqueça rentabilidade e previsão de futuro
  • Foque no processo, não no resultado.

O conceito de aversão a perda certamente é uma das contribuições mais significantes da psicologia em economia comportamental.”

Daniel Kahneman

#13 – Contabilidade Mental

Mental Accounting

Contabilidade Mental: Tendência das pessoas em separar o seu dinheiro em contas separadas com base em uma variedade de critérios subjetivos, como a fonte do dinheiro e intenção para cada conta.

Contabilidade Mental Viés Cognitivo

Este viés descreve a tendência das pessoas para codificar, categorizar e avaliar resultados econômicos agrupando seus ativos em qualquer número de contas mentais não-intercambiáveis.

De acordo com Shefrin e Thaler: as pessoas alocam mentalmente a riqueza em três classificações: (1) renda corrente, (2) ativos circulantes, (3) renda futura.

A propensão para consumir é maior a partir da conta de renda atual, enquanto somas designadas a renda futura são tratados de forma mais conservadora.

Assim, as pessoas colocam dinheiro em “contas mentais” separadas quando apresentadas com uma decisão financeira. Por exemplo, os participantes valorizam mais dinheiro do que as remessas de cartões de crédito, embora a fonte de ambos seja idêntica.

A teoria sugere que os indivíduos atribuem diferentes níveis de utilidade a cada grupo de ativos, o que afeta suas decisões de consumo e outros comportamentos.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Apesar de agrupar contas distintas possa corresponder com metas financeiras, no entanto, pode fazer com que os investidores negligenciem posições que compensem ou correlacionem essas contas.

O viés de contabilidade mental pode levar os investidores a alocar ativos de forma diferente. Pode fazer com que os investidores hesitem em vender investimentos que geraram ganhos significativos, mas, ao longo do tempo, caíram no preço.

Ao invés de considerar racionalmente cada real como idêntico, a contabilidade mental ajuda a explicar por que muitos investidores designam parte de seu capital para investir em ativos de “segurança”, investindo em ativos de baixo risco, ao mesmo tempo em que tratam seu capital de risco de forma bastante diferente.

É como se  o capital investido em ações fosse diferente.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Ao investir, basta lembrar que o dinheiro é dinheiro, não importa se o dinheiro esteja em uma conta na corretora são derivados do trabalho duramente ganhos, uma herança ou ganhos de capital realizados
  • Apesar de poder ajudar em finanças pessoas (no controle de suas contas domésticas), dar nome ao dinheiro nos investimentos pode atrapalhar
  • Invista sempre em valor diversificado para diminuir o risco
  • Não dê nome ao dinheiro, pois pode fazê-lo negligenciar apenas por estarem em classes de ativos diferentes

#14 – Efeito Foco

Focusing Effect

Efeito Foco: Tendência das pessoas colocarem demasiadamente importância em um aspecto de um evento muito mais complexo, levando a cometer erros de avaliação.

Efeito Foco Viés Cognitivo

Quando estamos fazendo julgamentos, tendemos a pesar atributos e fatores de forma desigual, dando mais importância a alguns aspectos e menos a outros.

Isto é tipicamente devido a fatores como estereótipos e esquemas que usamos que trazem certos fatores à mente e minimizam os outros.

Vou dar um exemplo.

Schkade e Kahneman perguntaram a pessoas que seriam mais felizes, californianos ou os povos do interior dos Estados Unidos. Muitos disseram californianos porque eles colocaram foco desproporcional na suposição de haver mais sol na Califórnia e que o estilo de vida era mais relaxado. A maior taxa de criminalidade e ameaça de terremotos na Califórnia não foi dada qualquer foco.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque o investidor pode focar sua energia e pensamento em pontos que não interessam em suas avaliações, ignorando o que realmente importa.

Nos adoramos utilizar esquemas mentais que fortalecem nossas ideias e pre-julgamentos. Damos peso demais a pontos que não interessam e isso pode ser muito ruim.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Ao tomar uma decisão, faça uma pausa para identificar todos os atributos primeiro e dar-lhes ponderação racional (e não emocional)
  • Pense de forma estatística, e não sempre como causa e efeito
  • Procure observar outros nuances em suas analises e decisões para evitar ficar preso demais em pontos que nada acrescentam
  • Não adianta utilizar diversos indicadores ou ferramentas, lembre-se: menos é mais

#15 – Viés do Status Quo

Status Quo Bias

Viés do Status Quo: Tendência das pessoas em não fazer nada ou manter sua decisão atual ou anterior.

Viés do Status Quo Vieses Cognitivos

O Status Quo é a preferência de um indivíduo por manter seu estado atual, mesmo se uma alteração de sua situação proporcionasse um aumento de bem-estar. Este viés estimula o indivíduo a permanecer no nível de referência atual (ou seja, não fazer nada).

Samuelson e Zeckhauser (1988), no artigo Status Quo in Decision Making, observaram que o preconceito do status quo é consistente com a aversão à perda, e que poderia ser psicologicamente explicado por compromissos assumidos anteriormente e pensamento de custos afundados, dissonância cognitiva, uma necessidade de sentir controle e evitar arrependimento.

Esta última baseia-se na observação de Kahneman e Tversky (1982) de que as pessoas sentem maior arrependimento por resultados ruins resultantes de novas ações tomadas do que por consequências ruins devido da inação.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque simplesmente não fazer nada também é uma decisão. Isso pode deixar o investidor paralisado em suas tomadas de decisão, sem saber o que fazer.

Não que você deva comprar ou vender a  todo momento, movido a noticias ou eventos de curto prazo. Longe disso!

Mas as vezes a zona de conforto nos deixa conformados em ficarmos abraços com ativos que não tenham valor.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Saiba que não fazer nada também é uma decisão
  • Reavalie suas decisões de tempos em tempos
  • Não tenha medo ou vergonha de estar errado e mudar de opinião
  • Tenha convicção de suas posições baseando suas analises de forma racional
  • Diversifique seus ativos

#16 – Viés da Projeção

Projection Bias

Viés da Projeção: Tendência de achar que os outros têm a mesma prioridade, atitude ou crença que a sua ou pensa de forma parecida, mesmo quando isso é improvável.

Viés de Projeção Vieses Cognitivos

Este conceito não deve ser confundido com a projeção psicológica onde se pensa que os outros têm um estado mental que ele não tem consciência de ter a si mesmo.

Um exemplo comum de viés de projeção é predizer que os próprios pontos de vista permanecerão os mesmos com o tempo, embora em muitos domínios esta seja estatisticamente improvável.

Estamos presos em nossas mentes 24/7, é difícil para nós nos projetarmos fora dos limites de nossa consciência e de nossas preferências.

Nós costumamos a achar que a maioria das pessoas pensam como nós – embora não haja justificativa para isto.

Esta deficiência cognitiva normalmente leva para um efeito relacionado, conhecido como viés do falso consenso, onde tendemos a acreditar que não somente as pessoas pensam como nós, mas também concordam conosco.

É um viés onde superestimamos como somos normais, e assumimos que existe consenso onde ele não existe.

Além disso, pode criar um efeito em membros de grupos radicais que assumirem que mais pessoas concordam com eles ou uma confiança exagerada em prever o vencedor de alguma eleição ou jogo de algum esporte.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque isso pode levar o investidor a seguir notícias ou boatos de fóruns por achar que faz parte de uma “comunidade inteligente”, onde “todos sabem o que estão fazendo”.

Além disso, esse viés pode levar o investidor a ficar tão aficionados em convencer terceiros, que esquece suas próprias decisões, ficando mais expostos a riscos.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Investir é uma jornada solitária e de longo prazo
  • Tenha Humildade. Seu maior inimigo é você mesmo, aprenda a lidar com isso
  • Pare de tentar convencer os outros! Cada um é responsável por suas decisões
  • Cuidado ao ficar preso em suas convicções! Reavalie suas analises de tempos em tempos
  • Seja racional e paciente (a jornada é longa!)

#17 – Viés do Otimismo

Optimism Bias

Viés do Otimismo: Tendência de acreditar que está menos em risco de sofrer um evento negativo em comparação com outros.

Viés do Otimismo Vieses Cognitivos

As pessoas acham que as coisas ruins não vão acontecer com elas. E existem diversos exemplos para isso.

  • As pessoas acreditam que estão menos em risco de ser uma vítima de crime
  • Fumantes acreditam que são menos propensos a contrair câncer de pulmão ou doença do que outros fumantes
  • Os amantes de bungee jump acreditam que estão menos em risco de uma lesão do que outros

Deu para entender né…

Apesar de de parecer que o viés do otimismo seja bom para eventos positivos, como acreditar-se ser mais bem sucedido do que outros financeiramente, e eventos negativos, como ser menos provável ter um problema bebendo, há mais pesquisa e evidência sugerindo que o viés é mais forte para efeitos negativos.

Diferentes consequências resultam desses dois tipos de eventos: os eventos positivos geralmente levam a sentimentos de bem-estar e autoestima, enquanto os eventos negativos levam a consequências que envolvem mais riscos, como se engajar em comportamentos de risco e não tomar medidas cautelares para a segurança.

Como consequência desse viés, alguns indivíduos podem desconsiderar precauções que poderiam restringir esses riscos. Podem, por exemplo, não usar cintos de segurança.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Na mundo dos investimentos esse viés afeta diretamente os investidores que pensam que estão menos expostos a perdas nos mercados. Dessa forma, se expõem muito mais aos riscos do que o normal.

Pensar de forma positiva ao excesso pode levar o investidor a correr riscos desnecessários, baseando suas análises em crenças e pensamentos positivos, que muitas vezes não condizem com os fundamentos e a realidade.

O clássico exemplo é o investidor comprar demais uma determinada ação, ficando altamente concentrado e exposto a riscos que envolve aquela empresa e setor.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Use grupos de comparação mais próximos do indivíduo: estudos descobriram que quando se pedia aos indivíduos que fizessem comparações entre si e amigos íntimos, quase não havia diferença na probabilidade de ocorrência de um evento
  • Pratique e Experimente! A prática leva a uma diminuição natural no viés otimista, pois o investidor estará mais “calejado” com as intempéries da realidade
  • Utilize alocação de ativos e siga com o plano para reduzir riscos
  • Esqueça o curto prazo! Os efeitos compostos no longo prazo é que te farão rico (então pare de tentar encontrar a grande tacada).

#18 – Viés da Negatividade

Negativity Bias

Viés de Negatividade: Tendência das pessoas exageram a probabilidade de que coisas negativas lhes acontecerão. Esse viés contrasta com o viés do otimismo.

Viés da Negatividade Vieses Cognitivos

Fenômeno psicológico pelo qual os seres humanos se prendem às memórias desagradáveis em comparação com memórias positivas.

As pessoas tendem a prestar mais atenção às más notícias – e não é só porque somos mórbidos.

É natural, todo mundo é um pouco assim.

Os cientistas sociais teorizam que é devido à nossa atenção seletiva e que, dada a escolha, que percebemos as notícias negativas como sendo mais importantes ou profundas do que as notícias positivas.

Também tendemos a dar mais credibilidade às más notícias, talvez porque estamos desconfiados (ou seria entediados?) o tempo inteiro.

Esse viés está enraizado em nossa evolução. Prestar atenção a más notícias pode ser mais adaptável do que ignorar boas notícias. Por exemplo, “os tigres do dente do sabre caçam nesta região, então é melhor cairmos fora” contra “vamos descansar hoje nessa região, vai dar tudo bem”.

Hoje, corremos o risco de morar na negatividade à custa de boas notícias genuínas.

Crimes, violência, guerras, corrupção, recessões e outras injustiças estão em constante declínio, mas a maioria das pessoas argumenta que as coisas estão piorando – o que é um exemplo perfeito do viés da negatividade.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Porque o pensamento negativo pode nos levar a tomar péssimas decisões.

Imagine se o investidor baseasse suas decisões em noticias ou eventos ruins? Ele iria só fazer besteiras e JAMAIS conseguiria sobreviver por muito tempo.

Além disso, investidores que sejam muito pessimistas podem ficar tão avessos ao risco os levem a ignorar os benefícios do investimento em ações e renda variável (que comprovadamente tem levado a excelentes resultados no longo prazo).

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Ignore notícias, mídia, boatos, gurus e outras baboseiras
  • Nada é tão ruim quanto imaginamos ser! O mundo sempre teve notícias ruins e não há nada que possamos fazer
  • Separe emoção da razão! Prefira fatos e fundamentos ao fazer suas análises
  • Siga seu plano de alocação de ativos e balanceamento de carteira
  • Lembre-se: Seu foco deve ser acumular patrimônio no longo prazo

#19 – Viés da Sobrevivência

Survivorship Bias

Viés da Sobrevivência: Tendência que faz com que você se concentre no que os vencedores fizeram de certo ao invés do que os perdedores fizeram de errado, e provavelmente está afetando você mais do que você imagina.

Viés da Sobrevivência Vieses Cognitivos

Esse viés diz que temos a tendência de nos concentrar apenas em exemplos sobreviventes, nos levando a julgarmos mal uma situação.

Por exemplo, podemos pensar que ser um empreendedor é fácil porque não temos ouvido falar de todos aqueles que falharam. Porém, todos sabem que abrir e operar um negócio é muito difícil e a maioria das empresas fecham as portas nos primeiros anos de vida. De cada dez empresas, seis fecham antes de completar 5 anos, aponta IBGE (fonte: UOL).

Se você já foi submetido a uma longa espera em um restaurante, apenas para descobrir que os outros restaurantes nas proximidades todos têm espera também, você pode ter pensado: “Uau, a indústria de restaurante está crescendo. Talvez eu deveria abrir o meu próprio restaurante!”.

Esse é o viés de sobrevivência: você se concentrou nos restaurantes de sucesso porque eles são o que você vê, e você não percebeu como muitos restaurantes falharam porque eles desapareceram do bairro.

Apesar de parecer ser lucrativo a abertura de um restaurante, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 50% dos empreendimentos em gastronomia fecham as portas em dois anos (Fonte: Hoje em Dia).

Falei restaurante, mas você pode estender para diversos outros negócios do seu bairro.

Da mesma forma, ouvimos falar de empreendedores de tecnologia que fundam bilhões de dólares em suas garagens, mas o fato é que 99% das empresas iniciantes do Vale do Silício começam a cair fora antes de bater o grande momento.

De empresas pertencentes a Fortune 500, passando por atletas profissionais, gurus de dieta e estrelas pop, os sucessos estão em toda parte.

É tentador olhar para eles como lições em sua própria vida, como se sua rotina matinal ou regime de exercício ou técnica de gestão incomum fosse a chave para você encontrar o seu próprio sucesso.

Mas tudo é sobre o equilíbrio, e se você não se lembrar dos erros e falhas em igual medida, você poderá se sair muito mal, e isso inclui nos investimentos.

Porque este viés pode prejudicar o investidor?

Esse viés é perigoso pois pode levar o investidor a diminuir seu espectro de analise, enxergando apenas os pontos que se realçam, seja negativo ou positivo.

Muitas vezes o investidor pode achar que se alguém teve sucesso na bolsa, ele também poderá ter. Mal sabe que para alguns terem sucesso, milhares fracassaram.

Ao invés de pensar de forma mais estatística, baseado em probabilidade, esse viés pode levar as pessoas acharem que eventos isolados e raros são mais importantes.

O clássico exemplo é a falácia de ficar rico rápido na bolsa de valores. Ao invés de buscar o acúmulo gradual, ao longo do tempo, o investidor busca atalhos que certamente vão trazer prejuízos.

Como se prevenir deste viés cognitivo:
  • Pense de forma estatística e probabilística (para alguns poucos terem sucesso, milhares fracassaram)
  • Não acredita na sorte. O sucesso não é apenas sobre o que faz certo; É também sobre o que não fazer de errado.
  • Não se prenda a seus acertos ou sucesso – você pode se enganar
  • Saiba o que não funcionou no passado e aprenda com seus erros
  • Diversifique seus ativos

CONCLUSÕES

Um viés cognitivo é um tipo de erro no pensamento que ocorre quando as pessoas estão processando e interpretando informações no mundo à sua volta. São regras básicas que nos ajudam a entender o mundo e a alcançar decisões com relativa rapidez.

Os preconceitos cognitivos são frequentemente o resultado de nossa tentativa de simplificar o processamento da informação.

Infelizmente, esses preconceitos às vezes nos levam a tomar decisões e julgamentos ruins.

Neste artigo vimos 19 vieses cognitivos que podem afetar as decisões de investimento e como fazer evitá-los. Foram eles:

  1. Viés da Confirmação: Tendência de procurar, interpretar, focar e lembrar a informação de uma forma que confirma nossos preconceitos.
  2. Excesso de Confiança: Tendência em superestimar nossas habilidades, capacidades, desempenho, nível de controle ou chance de sucesso.
  3. Viés da Ancoragem: Tendência a confiar demais, ou “ancorar-se”, em uma referência do passado ou em uma parte da informação na hora de tomar decisões.
  4. Viés do Retrospecto: Tendência de ver os eventos do passado como sendo previsíveis, sendo que na maioria das vezes eles não são.
  5. Viés da Informação: Tendência para buscar informações mesmo quando não pode afetar a ação.
  6. Falácia do Apostador: Tendência em dar enorme peso em eventos passados, acreditando que eles afetarão eventos futuros.
  7. Efeito Manada: Tendência das pessoas fazerem algo porque outras pessoas estão fazendo, independentemente de suas próprias crenças, que podem ignorar ou substituir.
  8. Ilusão de Controle: Tendência da raça humana, tanto indivíduos como grupos, em acreditar que têm o poder de influência para fazer mudanças em eventos fora do seu controle.
  9. Efeito de Enquadramento: Tendência das pessoas de fazerem uma escolha de diferentes maneiras dependendo de como ela é apresentada.
  10. Falácia dos Custos Irrecuperáveis: Tendência das pessoas seguirem irracionalmente um pensamento ou atividade que não cumpre com suas expectativas por causa do tempo e /ou dinheiro que foi gastou com ele.
  11. Efeito Posse: Tendência na qual as pessoas muitas vezes exigem muito mais para desistir de um objeto do que eles estariam dispostos a pagar para adquiri-lo.
  12. Aversão a Perda: Tendência humana a preferir fortemente evitar uma perda para receber um ganho.
  13. Contabilidade Mental: Tendência das pessoas em separar o seu dinheiro em contas separadas com base em uma variedade de critérios subjetivos, como a fonte do dinheiro e intenção para cada conta.
  14. Efeito Foco: Tendência das pessoas colocarem demasiadamente importância em um aspecto de um evento muito mais complexo, levando a cometer erros de avaliação.
  15. Viés do Status Quo: Tendência das pessoas em não fazer nada ou manter sua decisão atual ou anterior.
  16. Viés da Projeção: Tendência de achar que os outros têm a mesma prioridade, atitude ou crença que a sua ou pensa de forma parecida, mesmo quando isso é improvável.
  17. Viés do Otimismo: Tendência de acreditar que está menos em risco de sofrer um evento negativo em comparação com outros.
  18. Viés da Negatividade: Tendência das pessoas exageram a probabilidade de que coisas negativas lhes acontecerão. Esse viés contrasta com o viés do otimismo.
  19. Viés da Sobrevivência: Tendência que faz com que você se concentre no que os vencedores fizeram de certo ao invés do que os perdedores fizeram de errado, e provavelmente está afetando você mais do que você imagina.

Existem diversos outros vieses cognitivos e certamente irei aborda-los melhor em futuros artigos. Porém, eu considero que essa lista traz os vieses mais importantes que podem prejudicar nos investimentos.

Sei que é difícil detectar e se prevenir desses desvios. Tenho plena convicção que é necessário lutar todos os dias contra meu cérebro primitivo para evitar cometer besteiras (ou ao menos tentar).

De certa forma, saber o que são, detectar e sistematizar os vieses cognitivos é uma forma de proteção e redução de riscos. Essa é a grande missão das finanças comportamentais.

Agora que você aprendeu mais sobre vieses cognitivos, deixe seus comentários abaixo! 

Se já cometeu ou ainda comete algum desses vieses, compartilhe conosco sua experiência.

Bons investimentos!

Livros recomendados

 

Fontes de consulta

  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Vi%C3%A9s_cognitivo
  • https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_cognitive_biases
  • http://pensologoinvisto.cvm.gov.br/
  • http://www.wrprates.com/lista-de-vieses-cognitivos
  • http://io9.com/5974468/the-most-common-cognitive-biases-that-prevent-you-from-being-rational
  • https://www.verywell.com/cognitive-biases-distort-thinking-2794763
  • https://en.wikipedia.org/wiki/Optimism_bias
  • https://www.behavioraleconomics.com/mini-encyclopedia-of-be/
  • http://awealthofcommonsense.com/2014/08/framing-investment-decisions/
  • http://www.investopedia.com/university/behavioral_finance/
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4 Comments

  1. Muito bom o artigo sobre os vieses cognitivos, ma mesmo lendo tudo sei que somos passíveis de cometer erros e o correto mesmo é seguir a estratégia de alocação de ativos previamente documentada rigorosamente, pois assim colocaremos as emoções de lado em prol da razão.

    1. Olá Jacy!

      Você tem razão. O quanto menos deixarmos as emoções e erros cognitivos a disposição, mais sucesso poderemos ter no longo prazo!

      Isso significa simplificar, diversificar e seguir uma estratégia de alocação de ativos.

      E, o mais importante: foco no longo prazo!

      Abraços!

  2. Rc Cursos Online disse:

    Olá aqui é a Mariana Da Silva, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.

  3. Curso Online disse:

    Sou a Marina Almeida, gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.

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