Bolhas, Crises e Pânicos

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Essa página reune uma lista cronológica de eventos históricos que ocasionaram bolhas especulativas, crashs, crises econômicas e pânico nos mercados financeiros.

Ao estudar os eventos históricos de crises financeiras anteriores, o investidor pode ganhar insights sobre os padrões e as dinâmicas do mercado, identificando os sinais de alerta que podem indicar a formação de uma bolha especulativa ou uma possível crise econômica.

Ao entender que os mercados financeiros são suscetíveis a flutuações e crises ao longo da história, o investidor de longo prazo pode estar mais preparado emocionalmente para enfrentar períodos de turbulência nos mercados sem tomar decisões impulsivas ou irracionais.

Índice de Conteúdo

1636-1637 – Bolha dos Tulipas (Países Baixos)

A especulação descontrolada nos preços das tulipas levou a uma bolha econômica, com os preços das tulipas atingindo níveis exorbitantes. No entanto, a bolha estourou em fevereiro de 1637, resultando em uma queda abrupta nos preços e causando prejuízos financeiros significativos.

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1717-1720 – Bolha do Mississipi (França)

A Bolha do Mississipi foi um dos eventos mais marcantes na história financeira, ocorrido no século XVIII.

Ela teve origem na Companhia do Mississipi, fundada em 1717 pelo escocês John Law, um visionário e economista. Law propôs um ambicioso plano para revitalizar a economia francesa e aliviar as crescentes dívidas do país após a Guerra da Sucessão Espanhola.

A Companhia do Mississipi recebeu o monopólio exclusivo do comércio com a Louisiana, uma vasta região da América do Norte, além de controlar a emissão de papel-moeda. O entusiasmo em torno das oportunidades de enriquecimento rápido gerou uma febre especulativa na França e em outros lugares da Europa.

Em 1720 valor das ações da Companhia do Mississipi disparou, atingindo níveis absurdos e ultrapassando em muito o valor real dos ativos da empresa. Investidores de todos os estratos sociais investiram suas economias, na esperança de obter retornos espetaculares.

No entanto, a bolha logo estourou.

A Companhia do Mississipi não conseguiu cumprir suas promessas, e a especulação desenfreada resultou em uma queda vertiginosa nos preços das ações. Muitos investidores perderam fortunas da noite para o dia, levando à ruína financeira e à desconfiança nas instituições financeiras.

A Bolha do Mississipi é um lembrete poderoso dos perigos da especulação descontrolada e da excessiva confiança nas promessas de enriquecimento rápido. Ela deixou um legado duradouro na história financeira, servindo como um alerta sobre os riscos de se deixar levar pela euforia do mercado sem uma análise cuidadosa e fundamentada dos investimentos.

1720 – Crise do Mar do Sul (Reino Unido)

A Companhia do Mar do Sul, uma empresa britânica de comércio com as colônias americanas e espanholas, experimentou uma rápida valorização de suas ações, resultando em uma bolha especulativa (chamada “Bolha do Mar do Sul”).

Durante o auge da mania especulativa, as ações da Companhia dos Mares do Sul alcançaram preços exorbitantes, atraindo um grande número de investidores. No entanto, a empresa estava superavaliada e suas projeções de lucro eram exageradas, o que levou a uma bolha especulativa.

A bolha estourou em setembro de 1720, levando a uma queda acentuada nos preços das ações e resultando em perdas financeiras para muitos investidores.

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1772 – Crise do Crédito e Comercial da Europa (Grã-Bretanha e Europa)

Durante a década anterior a 1772, a Grã-Bretanha aproveitou ao máximo uma expansão em terras coloniais que exigiu um investimento de capital significativo nas Índias Orientais e Ocidentais e na América do Norte.

À medida que mercadorias como o tabaco fluíam das terras coloniais para a Grã-Bretanha, mercadorias e suprimentos básicos fluíam de volta para as colônias. Com o capital escasso nas colônias americanas, os plantadores coloniais estavam ansiosos para emprestar capital barato dos credores britânicos.

Mas como os plantadores muitas vezes mantinham linhas de crédito abertas através de vários canais comerciais, os credores não tinham como saber o endividamento de um plantador em particular. Então, quando dois bancos em Londres faliram, o contágio se espalhou e o boom do crédito de repente terminou.

A crise teve um impacto significativo na economia europeia, com muitas instituições financeiras e comerciais enfrentando dificuldades financeiras. A Crise do Crédito de 1772 foi um exemplo precoce de uma crise financeira na história europeia e destacou os riscos associados à especulação e ao endividamento excessivo na época.

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1792 – Pânico de 1792 (Estados Unidos)

Esse evento foi uma crise financeira que ocorreu em maio de 1792 em Nova York, envolvendo a bolsa de valores recém-criada conhecida como “Bolsa de Nova York” ou “New York Stock Exchange” (NYSE). É considerado o primeiro pânico dos Estados Unidos.

Na época, a NYSE era uma bolsa de valores informal, onde os corretores se reuniam na rua Wall Street para realizar transações de ações e títulos. No entanto, em maio de 1792, uma série de falências de empresas e a crescente especulação levaram a uma crise financeira, conhecida como o “Pânico de 1792”. Essa crise resultou em uma queda acentuada nos preços das ações, levando a uma paralisação temporária das atividades da bolsa.

Apesar do impacto negativo do Pânico de 1792 na época, a NYSE foi reorganizada e continuou a crescer como uma das principais bolsas de valores do mundo. No entanto, o evento é considerado um marco importante na história financeira dos Estados Unidos, destacando os riscos e desafios associados aos mercados financeiros e à especulação.

1797 – Pânico de 1797 (Grã-Bretanha)

Foi uma crise econômica que ocorreu na Grã-Bretanha durante o final do século XVIII, desencadeada por fatores como a guerra com a França, desvalorização das notas bancárias, queda no comércio internacional e instabilidade política. Resultou em falências de bancos e comerciantes, causando uma corrida aos bancos e o colapso do sistema financeiro.

1819 – Pânico de 1819 (Estados Unidos)

Esta foi a primeira grande crise econômica nos Estados Unidos, causada por uma série de fatores, incluindo especulação excessiva, expansão do crédito e a subsequente contração do crédito. O pânico resultou em falências generalizadas, altas taxas de desemprego e uma grave depressão econômica.

1825 – Pânico de 1825 (Grã-Bretanha)

O Pânico de 1825 foi desencadeado por uma série de eventos, incluindo uma queda nos preços das ações em Londres, uma queda nos preços dos produtos agrícolas e a falência de várias empresas. Esses eventos levaram a uma crise financeira que se espalhou para outros países, causando uma desaceleração econômica e um aumento do desemprego em várias partes do mundo.

Esse evento também tem raízes com as Guerras Napoleônicas. Este conflito foi uma série de guerras que duraram cerca de 15 anos, enquanto Napoleão procurava estabelecer a supremacia francesa na Europa. A Inglaterra se endividou muito para bancar a guerra, o que também foi o estopim para a crise.

O Pânico de 1825 também foi uma das primeiras crises financeiras globais registradas na história, e muitos consideram que ajudou a estabelecer a compreensão dos riscos e das consequências associadas aos mercados financeiros internacionais.

O evento destacou a interconectividade econômica entre os países e a importância de uma abordagem coordenada para lidar com crises financeiras globais.

1837 – Crise de 1837 (Estados Unidos)

A Crise de 1837 foi uma grave recessão econômica que ocorreu nos Estados Unidos durante a década de 1830. A crise foi desencadeada por uma série de fatores, incluindo a superespeculação em terras e ações, o aumento da dívida pública, o aumento das taxas de juros e a queda dos preços agrícolas.

Lucros, preços e salários caíram enquanto o desemprego subiu. O pessimismo foi grande durante todo o período. Esse pânico teve origens tanto internas quanto externas. Entre 1837 e 1843, as ações de Banking & Insurance caíram 32% e as ações de Railroad caíram 63% (Fonte: The Economic Historian). Em 1843, 25% dos bancos dos EUA haviam fechado suas portas, e “os preços gerais haviam caído mais de 40%”. Pior ainda, quase 10 estados deram calote em suas dívidas nos anos seguintes ao Pânico de 1837.

Em resumo, práticas de empréstimos especulativos pelos estados ocidentais, um declínio acentuado nos preços do algodão, colapsos pela especulação com a terra, grande fluxo de dinheiro internacional e restrições ao crédito por parte da Grã Bretanha, tudo teria contribuído para a crise.

1857 – Crise de 1857 (Estados Unidos e Mundo)

A Crise de 1857 teve início com um pânico financeiro nos Estados Unidos causado por um declínio no desempenho da economia mundial e uma super-expansão da economia doméstica americana.

As raízes da super-expansão começaram em 1849, quando houve uma explosão no crescimento econômico e expansão para o oeste depois que o ouro foi descoberto em Sutter’s Mill, desencadeando a Corrida do Ouro da Califórnia. A escala dessa expansão é ressaltada pelo fato de que, na década seguinte, a população da Califórnia cresceu de 93.000 para 380.000.

Um número aparentemente interminável de linhas ferroviárias e empresas foram lançadas neste período para atender à demanda de transporte decorrente da expansão para o oeste. De acordo com o historiador Robert C. Kennedymais de 20.000 milhas de trilhos ferroviários foram colocados durante a década de 1850.

Como era de se esperar, com todo esse crescimento e especulação, levou em seguida ao pânico. A especulação excessiva e a super-expansão do crédito ocorreram durante um período de rápido crescimento econômico nos Estados Unidos, especialmente no setor ferroviário e imobiliário. Isso resultou em uma bolha econômica, na qual os preços de ações, terras e commodities estavam inflacionados de forma insustentável. Quando a bolha estourou, muitos investidores e empresas enfrentaram grandes perdas financeiras.

A crise rapidamente se espalhou para outros países devido à crescente interconectividade econômica mundial na década de 1850. A Crise de 1857 é considerada a primeira crise econômica de escala global, pois afetou várias regiões do mundo e resultou em uma recessão econômica generalizada.

1873 – Pânico de 1873 (Estados Unidos e outros países)

A Crise de 1873 foi uma severa recessão econômica que afetou principalmente os Estados Unidos, mas também teve impacto em outros países.

A crise foi desencadeada por uma série de eventos, incluindo a superprodução de ferrovias, a especulação excessiva em investimentos e a queda dos preços de produtos agrícolas. A falência de uma financeira de Filadélfia, a Jay Cooke & Co, em 18 de Setembro de 1873, em conjunto com a dissolução, em 9 de Maio do mesmo ano, da Bolsa de Valores de Viena de Áustria, foram o estopim para essa crise.

A superprodução de ferrovias nos Estados Unidos levou a um excesso de capacidade e à diminuição dos lucros das empresas ferroviárias, o que afetou negativamente o setor financeiro e a economia como um todo. O financiamento ferroviário tornou-se problemático quando as ferrovias se tornaram incapazes de pagar suas dívidas ou deixaram de pagar seus títulos, o que era muito comum devido aos grandes custos iniciais de construção e à falta de receita.

Além disso, a especulação excessiva em investimentos, especialmente em terras e construções, levou a uma bolha especulativa que estourou, resultando em perdas financeiras significativas.

1890 – Pânico de 1890 (Argentina e Inglaterra)

O Pânico de 1890, foi uma crise financeira que ocorreu no Reino Unido, tendo como principal protagonista o Banco Baring, uma instituição financeira de renome na época. Na década de 1880, o banco estava envolvido em uma série de operações arriscadas, incluindo investimentos em ferrovias na Argentina e no Uruguai, que acabaram resultando em perdas significativas.

Em maio de 1890, uma tentativa de resgate do Banco Baring por parte de outros bancos falhou, e o banco declarou falência. Isso desencadeou uma crise financeira no Reino Unido e em outros lugares, causando uma onda de pânico e desconfiança nos mercados financeiros internacionais.

A crise teve um impacto significativo na economia mundial, com a queda dos preços das ações, o fechamento de empresas e o aumento das taxas de desemprego.

1873-1896 – A Longa Depressão (Inglaterra e Estados Unidos)

A “Longa Depressão” foi um período de recessão econômica prolongada que ocorreu durante a segunda metade do século XIX, principalmente nas décadas de 1870 e 1880. Essa depressão foi caracterizada por uma série de crises econômicas e recessões em diferentes partes do mundo, afetando principalmente a Europa e os Estados Unidos.

A Longa Depressão foi desencadeada por uma série de fatores, incluindo a Crise de 1873, a superprodução industrial, a especulação excessiva em investimentos e as mudanças tecnológicas que afetaram a economia global. Durante esse período, houve uma queda prolongada dos preços das commodities, uma diminuição dos lucros empresariais, aumento do desemprego e uma redução geral da atividade econômica.

A Longa Depressão teve um impacto significativo na economia global, afetando negativamente a indústria, o comércio, o emprego e o padrão de vida das pessoas. Foi um período desafiador para muitos países, e levou a mudanças econômicas, sociais e políticas em todo o mundo. A Longa Depressão foi chamada assim devido à sua duração prolongada e aos desafios econômicos enfrentados durante esse período.

1889-1892 – Crise do Encilhamento no Brasil

O Encilhamento foi uma política econômica implementada no Brasil durante a República Velha, entre 1889 e 1892, que incentivou a especulação financeira e a criação de empresas sem uma base sólida.

O governo concedeu empréstimos e garantias a empresas e empreendimentos sem um controle adequado, resultando em uma especulação desenfreada e na formação de uma bolha econômica. A falta de regulamentação e supervisão levou à quebra de várias empresas e ao colapso do sistema financeiro, gerando uma crise financeira no país.

1893 – A Crise Bancária Australiana (Austrália)

A Crise Bancária Australiana de 1893 foi um evento econômico significativo que afetou a Austrália no final do século XIX. A crise teve origem na especulação excessiva no setor imobiliário e na construção, juntamente com uma série de outros fatores econômicos e financeiros, que resultaram em uma grave crise bancária em todo o país.

Essa crise foi caracterizada pela falência de vários bancos, corridas bancárias e a consequente queda na confiança do sistema bancário. Afetou a economia australiana como um todo, levando a uma recessão econômica, altas taxas de desemprego e uma série de consequências sociais e políticas.

1893 – Pânico de 1893 (Estados Unidos)

O Pânico de 1893 foi uma grave crise econômica que ocorreu nos Estados Unidos durante a era industrial. Iniciou-se em 1893, após uma década de rápido crescimento econômico, e resultou em uma depressão econômica que se estendeu por vários anos.

O pânico foi desencadeado por uma série de eventos, incluindo a superespeculação ferroviária, a falência de importantes instituições financeiras e a queda dos preços das ações. A crise levou à falência de inúmeras empresas, ao aumento do desemprego, à queda dos preços agrícolas e a uma retração geral da economia.

O Pânico de 1893 teve um impacto significativo na economia dos Estados Unidos e em outros países, sendo um dos piores períodos de recessão na história do país.

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1896 – Pânico de 1896 (Estados Unidos)

O Pânico de 1896 foi uma depressão econômica aguda nos Estados Unidos que foi menos grave do que outros pânicos da época, precipitada por uma queda nas reservas de prata e preocupações do mercado sobre os efeitos que teria sobre o padrão-ouro.

Naquela época, o sistema monetário dos Estados Unidos estava baseado no bimetalismo, que permitia a livre circulação de moedas de prata e ouro como dinheiro. No entanto, a queda nos preços da prata no mercado internacional levou a uma diminuição das reservas de prata nos Estados Unidos, o que gerou incertezas sobre a estabilidade do sistema monetário.

Os investidores e o mercado em geral ficaram preocupados com a possibilidade de o país abandonar o uso da prata como base monetária, o que poderia levar a uma desvalorização da moeda e afetar negativamente a economia. Isso levou a uma retirada de investimentos e a uma queda nos preços das ações e dos ativos financeiros, resultando em uma depressão econômica.

O Pânico de 1896 acabou contribuindo para a vitória do padrão-ouro como política monetária predominante nos Estados Unidos. Como resultado, o país acabou abandonando o bimetalismo e adotando o padrão-ouro como política monetária oficial.

1907 – Pânico de 1907 (Estados Unidos)

O Pânico de 1907 foi uma crise financeira que ocorreu nos Estados Unidos em 1907. Foi caracterizado por uma série de corridas bancárias e pânicos generalizados no mercado financeiro. A crise foi desencadeada por uma série de eventos, incluindo a queda do mercado de ações, a falência de algumas empresas e a retirada de grandes depósitos bancários. O Dow Jones Industrial Average caiu 37,7% em 1907 .

A falta de confiança no sistema bancário levou a uma crise de liquidez, com muitos bancos enfrentando dificuldades em cumprir suas obrigações financeiras. Para evitar o colapso do sistema financeiro, líderes financeiros, incluindo J.P. Morgan, intervieram para fornecer empréstimos de emergência e estabilizar a situação.

A crise resultou em uma maior regulamentação financeira nos Estados Unidos e destacou a necessidade de uma reforma do sistema bancário para evitar crises similares no futuro. Como resultado, em 1913 foi criado o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Ele foi estabelecido para lidar com questões de política monetária, como controlar a oferta de dinheiro, supervisionar os bancos e estabilizar a economia.

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1920 – 1921 – A Depressão Esquecida (Estados Unidos)

A Depressão Esquecida de 1920-1921 foi uma crise econômica que ocorreu nos Estados Unidos no início dos anos 1920. A crise foi caracterizada por uma rápida e acentuada queda na produção industrial e agrícola, bem como pelo aumento do desemprego.

A causa principal da crise foi a transição da economia dos EUA de uma economia de guerra para uma economia de paz após o término da Primeira Guerra Mundial. Além disso, a redução dos gastos governamentais e o aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve contribuíram para a recessão.

Apesar de ser uma crise econômica significativa, a Depressão Esquecida é muitas vezes negligenciada na história econômica dos EUA, pois foi ofuscada pela Grande Depressão que ocorreu na década de 1930. Em 1921 terminou rapidamente e permitiu os “Roaring 20s“. 

1929 – 1933 – A Grande Depressão (Estados Unidos e mundial)

Esta foi uma das mais famosas crises econômicas da história, conhecida como a Grande Depressão.

Foi desencadeada pelo colapso do mercado de ações em outubro de 1929, após um período de especulação excessiva e margens de crédito elevadas. A crise afetou não apenas os Estados Unidos, mas também teve repercussões globais, levando a uma prolongada recessão econômica em todo o mundo.

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1937 – 1938 – Recessão de 1937-38 (Estados Unidos)

A recessão de 1937-1938 foi um período econômico de retração e declínio que ocorreu durante a Grande Depressão, nos Estados Unidos. Iniciou-se em 1937, após um período de recuperação econômica, e se estendeu até 1938.

A recessão foi causada, em parte, pela implementação de políticas governamentais restritivas, como a redução dos gastos públicos e o aumento de impostos, que buscavam equilibrar o orçamento federal, mas acabaram contribuindo para a queda da produção industrial, o aumento do desemprego e a diminuição do consumo.

A recessão de 1937-1938 atrasou ainda mais a recuperação econômica dos Estados Unidos durante a Grande Depressão, sendo um exemplo importante dos desafios enfrentados durante esse período de crise econômica global.

1973 – A Crise do Petróleo (Mundial)

A Crise do Petróleo de 1973 foi um evento marcante na história econômica mundial, desencadeado pelo embargo dos países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em retaliação ao apoio ocidental a Israel na Guerra do Yom Kippur.

O embargo resultou em uma drástica elevação dos preços do petróleo, causando impactos globais, como aumento da inflação, desaceleração econômica, desemprego e desequilíbrios comerciais.

A crise destacou a dependência do mundo em relação ao petróleo e a necessidade de diversificação das fontes de energia, além de ter efeitos duradouros na geopolítica e na economia mundial.

1990 – Crash da Bolsa de Tóquio (Japão)

No final dos anos 1980, o mercado imobiliário e de ações do Japão experimentou um rápido crescimento, alimentado por uma bolha especulativa. No entanto, a bolha estourou em 1990, resultando em um colapso do mercado de ações e uma prolongada recessão econômica no Japão, conhecida como a “Década Perdida”.

A Crise Econômica do Japão que se seguiu após o Crash da Bolsa Tóquio foi uma prolongada estagnação econômica que começou na década de 1990 e ainda afeta a economia japonesa até os dias de hoje, caracterizada por deflação, alto endividamento, baixo crescimento econômico e envelhecimento da população.

1990 – Colapso Econômico da União Soviética (Rússia Ex-URSS)

O Colapso Econômico da União Soviética foi um evento marcado pelo colapso do sistema econômico e político da União Soviética, que ocorreu na década de 1990, levando a uma crise econômica, inflação e desintegração do sistema comunista.

1990 – Crise Bancária Sueca (Suécia)

A Crise Bancária Sueca foi uma crise financeira que ocorreu na Suécia na década de 1990, caracterizada por uma série de falências de bancos e a necessidade de resgates financeiros pelo governo para evitar o colapso do sistema bancário do país.

1990 – Crise Bancária Finlandesa (Finlândia)

A Crise Bancária Finlandesa foi uma crise financeira que ocorreu na Finlândia na década de 1990, resultado de uma série de empréstimos inadimplentes, especulação imobiliária e falências de empresas, o que levou a uma grave crise econômica e a necessidade de intervenção do governo.

1990 – Crise dos Tigres Asiáticos (Países da Ásia)

Foi uma crise financeira que começou em meados da década de 1990 em vários países asiáticos, incluindo Tailândia, Indonésia, Coreia do Sul e Malásia, caracterizada por uma queda abrupta das moedas, fuga de capitais e problemas nos setores financeiro e corporativo.

1994 – Crise do México (México)

Também conhecida como “Efeito Tequila”, essa crise ocorreu no México em 1994, quando houve uma desvalorização do peso mexicano e uma crise bancária, que teve impacto na América Latina e em outras regiões.

1998 – Crise do Rublo Russo (Rússia)

Essa crise ocorreu na Rússia em 1998, quando houve uma desvalorização do rublo russo, o que causou uma crise financeira e econômica no país, com impactos em outros mercados emergentes e em economias desenvolvidas.

2000-2001 – Bolha das Empresas de Tecnologia (Mundial)

Durante a década de 1990, houve uma enorme especulação em torno das empresas de tecnologia e da internet, com muitas startups sendo superavaliadas e atraindo investidores em massa.

No entanto, em março de 2000, a bolha das empresas de tecnologia estourou, levando a uma queda acentuada nos preços das ações dessas empresas. Isso resultou em uma crise no setor de tecnologia, com muitas empresas falindo e investidores sofrendo perdas financeiras significativas.

A crise das pontocom teve um impacto global na economia, afetando não apenas os Estados Unidos, mas também outros países ao redor do mundo.

2001 – Crise da Argentina (Argentina)

Essa crise ocorreu na Argentina em 2001, quando houve um colapso econômico e financeiro, com uma grave crise cambial, default da dívida pública e uma forte recessão econômica que afetou o país e a região da América Latina.

2008 – Grande Crise Financeira (Estados Unidos e mundial)

Esta foi uma crise financeira global que teve origem nos Estados Unidos devido à especulação excessiva no mercado imobiliário e à venda de hipotecas de alto risco. A crise resultou em uma série de falências de grandes instituições financeiras, uma queda acentuada nos mercados acionários e uma recessão econômica mundial.

2009 – Crise da Dívida Soberana Europeia (Países da Europa)

A Crise da Dívida Soberana Europeia foi uma crise econômica que começou em 2009, afetando principalmente países da zona do euro, como Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália, caracterizada por uma elevada dívida pública, déficits orçamentários e instabilidade financeira, que resultou em resgates financeiros e medidas de austeridade impostas pelos governos e organismos internacionais.

2020 – Crise do Coronavírus (Mundial)

A pandemia de COVID-19, que se espalhou pelo mundo em 2020, teve um impacto significativo na economia global. As medidas de confinamento e distanciamento social adotadas para conter a propagação do vírus resultaram em uma desaceleração econômica generalizada, com muitos setores enfrentando dificuldades financeiras.

Os mercados acionários sofreram quedas acentuadas em março de 2020, com muitos índices registrando perdas significativas. Várias economias enfrentaram recessões devido à crise do coronavírus, com muitos governos adotando medidas de estímulo econômico para mitigar os impactos negativos.

A crise do coronavírus ainda está em andamento e seu impacto total na economia global ainda está sendo avaliado.

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